quarta-feira, 30 de novembro de 2011

OBSERVAÇÕES

        

                                                    

 Olá pessoas! Faz tempo que ando correndo e não consigo passar por aqui, mas hoje, finalmente, voltei pra vocês! Hoje vim falar pra vocês sobre algumas observações que venho fazendo ao longo deste tempo que estive submersa em diversas atividades...A primeira delas, é a de que a gente é muito pequeno. E eu falo pequeno no sentido de sermos insignificantes, diante da grandiosidade do mundo.                              
           Vejo pessoas reclamando de coisas que não tem, mas ao mesmo, tempo, são coisas que elas não buscam e por isso nunca vão ter. Outro dia, uma destas pessoas, me disse: - Nossa, se soubesses como te invejo! Queria ser que nem tu és, te acho muito cabeça, toda cult! -  Gente, ainda não sei bem o que a pessoa quis exatamente dizer com isso, mas vocês, se me conhecem um pouco, devem imaginar o que respondi, não é mesmo? 
           A gente pode tudo. E não tem que invejar ninguém por algo que a pessoa é, mas sim, se quer tanto ser assim, então busca isso pra si. Algumas pessoas me acham descolada, antenada, cult...Eu não fui sempre assim. Eu me tornei assim. O que é preciso? Bem, pra começar, tem que querer. Querer estudar, ler, aprender e principalmente ouvir e observar. Antes de tudo isso, tem que gostar. Porque não se pode ser nada, sem antes gostar, porque ai não é verdadeiro e você então, não vai nunca, conseguir ser quem deseja se tornar, se não amar verdadeiramente esse jeito novo e as coisas que envolvem isso.   Além disso, o que é que torna alguém cult? Será os livros que ela lê? As coisas que faz? Ou será o jeito que se veste? Não sei. Porque sou quem sou, porque simplesmente, sou. Sempre amei ler, tudo, até papel higiênico escrito...Música? Sempre gostei, de tudo, sou mega-eclética e também já ouvi e até ouço ainda de vez em quando, as músicas da moda, então isso não caracteriza alguém. Roupas? Bem, sempre tive um estilo próprio e com o tempo, fui me encontrando, achando meu jeito de me vestir e de me sentir bem. Então, não me considero cult, por qualquer destas coisas. Na verdade, basta uma pessoa querer ser, gostar disso e será. Eu sempre fui diferente, pelo menos sempre me senti diferente, talvez isso seja cult. Sempre busquei alimentar alma e cérebro com coisas boas por achar que este era o meu caminho, uma boa escolha e a partir daí, me tornei quem sou. Por isso não me invejem, transformem-se também se desejar.
             Outra observação, é que a gente não percebe, quanta coisa deixa de fazer e de viver em função de nossos medos. Por exemplo: eu detesto altura. Tenho muito medo de altura, e nunca gostei de enfrentá-lo, e em função disso, diversas vezes deixei de me divertir com minhas amigas, em parques de diversão ou excursões, por medo. Me dei conta que o medo não é algo legal e que ele nos impede de viver muita coisa e isso é ruim. As vezes, acredito, que tenhamos que enfrentá-lo, para podermos vencê-lo e aproveitar mais a vida. Quantas vezes a gente deixa de dizer as coisas que sentimos pra quem gostamos, por medo da reação? Pois é, nessas situações perdemos muitas coisas...e até pessoas.
Enfim, muitas das coisas que observo, são, obviamente, coisas muito simples e já ditas, mas as vezes, acho que precisamos revê-las, lembrá-las, pra que não esqueçamos a importância real das coisas, e em tempos de "amnésia obrigatória", como escreveu Martha Medeiros, num artigo publicado no Jornal Zero Hora, em sua coluna dominical, é necessário que consigamos lembrar das coisas básicas mas fundamentais que fazem parte de nós e de nossas vidas. Coisas como os valores que ensinamos pros nossos filhos e o refletir das emoções, de maneira positiva e jamais negativa. A vida está ai, e só vive de verdade, quem consegue vê-la acontecendo, todos os dias, nas coisas mais tolas e nas pessoas mais próximas a nós, por isso vamos vivê-las e permitir que ela aconteça, como tem que ser. Um abraço a todos e até o próximo, post. Bjkas.


                

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SARAU BEAT


Olá pessoas! Ando sumida, mas ainda amo vocês! é que tenho andado bastante atarefado, mas como sempre, assim que posso, retorno pra cá e coloco mais coisitas no ar! Hoje, estou passando aqui pra trazer pra vocês o evento que vai rolar no sábado, dia 26/11/2011, às 18h no CulturaRockClub (Av. Luzitana, 140, Bairro São Geraldo), o Sarau Beat. Um sarau, reunindo diversos artistas e de canja, com a música boa dos Capotrastes...Gente, acho que vai estar incrível, e evidentemente, não dá pra perder! Abaixo está o Flyer do evento que é pra vocês verem, ok? Fica a dica então...abraços, e até o próximo post!

                                  

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A DOR QUE DÓI MAIS - MARTHA MEDEIROS


A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Martha Medeiros

sábado, 12 de novembro de 2011

De dentro do buraco...

              Tem dias que não precisavam existir, no meu caso, o dia de hoje é um deles. Há dias em que tudo que a gente quer é pode ter um buraco, um poço, um lugar qualquer pra ficar quieta e sem ninguém por perto pra te encher, o meu hoje, definitivamente, foi um destes dias. Eu não sei o que é pior, na realidade, se é o problema que você tem que resolver e não sabe como, se são as pessoas te criticando e não te ajudando em nada, se são aquelas que pra tentar te ajudar, eu sei, ficam te dando conselhos ou se é essas todas que não percebem, que a única coisa que a gente quer, em um dia como foi o meu hoje, é um colo, um carinho e alguém que fique em silêncio com a gente...
              Hoje, só o que eu precisava era disso, um colo, alguém que ficasse comigo, segurasse minha mão simplesmente e ficasse ali em silêncio...Mas, eu não posso ser mal agradecida, sei que todos os outros, tentam ajudar e que as pessoas são assim mesmo, só enxergam a si e acham que você tem que fazer o que elas querem e não compreendem, a nossa necessidade real...na verdade, cada uma tenta ajudar do seu jeito, mas na maior parte das vezes só pioram como você está se sentindo e isso é complicado.
               É claro que o buraco seria mais fácil, e é obvio que isso é uma fuga, e que isso não resolve os problemas, tenho esta consciência...mas que mal há em querer ficar apenas encolhida ali, por algumas horas? Não vejo mal nisso...
            Tudo que eu queria hoje, era um colo, mas ninguém percebeu, ninguém se deu conta disso, e até pra quem eu pedi, a resposta foi negativa. Bastava um colo, um gesto de amizade que fosse, mas ao contrário, a gente se sente ainda pior, quando pede e não dão, e pior ainda, quando acham que isso é coisa de menina mimada, e não é. Mas eu entendo, que as pessoas são assim, egoístas, e que acham que você tem que ser forte e valente o tempo inteiro, e que tem que enfrentar e resolver tudo e lutar contra tudo e todos, com todas as forças, mas não é assim...não tenho muitos poderes, sou só eu, não sou nenhuma heroína e sou tão frágil quanto qualquer pessoa, as vezes caio também, e fico tão triste quando qualquer ser humano e sou tão sensível quanto qualquer outra mulher, porque não sou uma rocha e não quero ser...então por favor, entendam, que eu tenho minhas crises, minhas TPM´s, minhas neuras, minhas nóias e tudo isso, é coisa de gente mesmo, de carne e osso, como eu sou e que quando digo que preciso de colo, não é por ser mimada, é porque realmente é o que preciso e só isso...
               Oração faz bem, claro que faz, mas também não resolve meu problema. Conselho, é bom, as vezes ajuda, mas em dias como hoje, as vezes não é o que a gente quer ouvir e nem o mais fácil. Críticas, são construtivas sim, mas não quando a gente já está se sentindo um lixo. Agora, um colo, um abraço, e o silêncio, isso sim, pode fazer milagre e ainda conseguir salvar o dia, por isso, quando pedirem colo a você, por favor, deixem de lado o que estão fazendo e dêem, nem que por cinco minutos, porque isso, pode ser o que vai salvar alguém, de querer ir pro buraco de vez e ficar por lá. Além disso, é ai, neste momento que na maior parte das vezes, eu realmente sei com quem eu posso contar de verdade, e quem de fato me quer bem...Eu sei que é chato ficar com alguém chorando por perto, mas o choro cessa, se o carinho é verdadeiro e se sabemos que podemos contar com quem a gente pede ajuda. No meu caso, eu raramente, quem me conhece sabe que é verdade, peço ajuda, mas quando peço, é porque realmente preciso e normalmente por isso, as pessoas que me conhecem verdadeiramente se preocupam quando eu "caio meus tombos"... 
                 Hoje, eu precisava disso, cheguei a pedir, mas sei lá porque, acharam que não era tão grave, que eu estava fazendo drama, de repente, ou foi por puro egoísmo, eu acho, e me deixaram a deriva, sem colo quando eu realmente precisava...pois bem, a dor só dói em quem está sentindo e existem coisas que não tem uma lógica, nem uma razão, mas o fato é, que eu agora, continuo mal e estou dentro do buraco, procurando um mais fundo pra me enfiar e só espero que quando eu chamar de novo, alguém venha em meu socorro...e pior, já não bastasse o problema, ainda tem agora a decepção de não ter sido atendida...isso não é capricho, é necessidade mesmo e é muito duro, a gente se enganar com as pessoas e descobrir, quando você precisa delas, que elas não querem te acolher...Bom, agora, vou ficar aqui, com meu silêncio, porque já sei, com quem eu posso e não posso contar e sei que talvez, eu esteja chamando as pessoas erradas, mas ainda assim, tenho fé que de repente, entendam o momento, e apareçam pra me tirar daqui...boa noite pessoas!


domingo, 6 de novembro de 2011

TEXTO DE CAIO FERNANDO ABREU

Gente, me identifiquei com este texto e por gostar do autor, também, resolvi colocar aqui pra vocês, também apreciarem e quem sabe, como eu, também se identificarem...beijos, e até o próximo post.
Segue o texto.

“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
(Caio Fernando Abreu)