quarta-feira, 23 de maio de 2012

Por que não?

Por que não? Cada vez mais me pergunto por que não? Acho que me tornei, com os anos, uma pessoa mais questionadora, do que quando era mais jovem...Acho isso bom, mas teria sido muito melhor, se eu olhasse hoje para trás, e me visse menos alienada...Não que eu fosse uma "tapada", mas eu era sim, alienada...gostava de coisas da moda (ainda gosto, é verdade, mas agora de maneira diferente, não essencial, saca?), não me preocupava com o tempo e nem imaginava que um dia, estaria com 32 anos...Pois é, hoje eu tenho 32 anos, mas ao contrário de quando era jovem, eu me imagino com 64, faço uma vaga idéia de como posso estar e como pode ser, pelo menos, me preocupo...Hoje, eu pergunto: por que não? Porque não brincar? Porque tenho 32? E se tivesse 64, faria diferença? Hoje, brinco mais do que ontem. Hoje me importo mais em ser criança, em manter a esperança e a ingenuidade de quando era menina, do que ontem. Ontem eu queria ser adulta, hoje, quero voltar a ser pequenina. É claro que coisas boas vem com a maturidade, como a maternidade, o assumir da ousadia e o poder fazer o que bem entender sem ter que dar satisfações, mas com a maturidade, vem também o preço de nossas escolhas, a consequência de cada ato falho e a dura luta que travamos pela sobrevivência. Vem também a consciência e com ela, todas as culpas, os medos, as inseguranças, e tudo que desconhecíamos quando criança. Por isso é que eu pergunto: Por que não? Por que não dizer que amamos? Porque não brincar, feito criança com bolhas de sabão? Porque não pegar lápis coloridos e fazer um desenho tolo, sem pretensões artísticas profundas? Porque não se encantar com coisas simples ou se deliciar com doces e gostosuras? Porque não? Por causa da idade? Bobagem...Eu, prefiro hoje, perguntar "por que não" pra todas as coisas que me limitam como uma criança teimosa, do que simplesmente aceitar que estou envelhecendo e que a única escolha que tenho pra "idade adulta" , é a de me conformar em ser uma pessoa stressada, infeliz e sem riso. Eu prefiro acreditar, enfim, que não preciso ser criança pra brincar e ter o riso frouxo, e que não preciso crescer pra ser feliz, por que não existe tempo certo pra isso, basta apenas nos perguntar-mos: E porque não? por Sabrina Medeiros

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